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Diagn Tratamento. 2012;17(1):9-13.
Fatores de risco envolvidos no desenvolvimento da psicopatia: uma atualização
10
Este artigo enfoca vários fatores de risco para comportamen-mportamen-
to antissocial, como intrínsecas diferenças individuais, psicosso-
ciais, fatores ambientais, fatores genéticos e neuroquímicos.
18
MÉTODO
Os autores realizaram busca sistematizada nas principais ba-
ses de dados: Medline (Medical Literature Analysis and Retrie-
val System Online) via PubMed, Cochrane Library, Lilacs (Li-
teratura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde)
e Embase. Utilizando como referência o Medical Subject Hea-
dings (MeSH), realizou-se uma pesquisa dos termos “antisocial
personality disorder and risk factorsentre os anos de 2000 e
2010, conforme detalhado na Tabela 1. Os estudos conside-
rados mais relevantes para o trabalho foram selecionados (n)
e discutidos, além de livros-textos e outros artigos de interesse
para o assunto.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O reconhecimento precoce dos fatores de risco e a interven-
ção sobre eles poderiam impedir a progressão para a personali-
dade antissocial.
18
Os fatores biológicos (perinatais, genéticos,
individuais e familiares) parecem constituir um fator de risco
para comportamentos violentos, independentemente da carac-
terização de um tipo de personalidade.
19,20
O posicionamento
familiar inadequado nas intervenções e prevenções ambientais
implica no risco do desenvolvimento de comportamento antis-
social e no uso de substâncias, o que caracteriza uma comorbi-
dade bem conhecida em psiquiatria.
21
Com o desenvolvimento da neurociência, sobretudo na última
década, observa-se a tendência do estudo de fatores neurogenéti-
cos correlacionados com o comportamento antissocial e violento.
A partir do crescente enfoque biogenético, surgem conceitos que
reetem a gradativa tendência de integração entre pesquisas de
ordem comportamental e de ordem genética, levando a exageros,
como a criação do termo “genes criminosos”.
22-25
Neurobiologia
Diferentes modelos de pesquisa investigam a contribuição
do gene e do ambiente para a psicopatologia do comporta-
mento antissocial.
2,25
Tenta-se, por meio da análise genética
quantitativa, investigar a correlação com o desenvolvimento de
comportamentos antissociais. Avalia-se a importância genética
e ambiental no desenvolvimento desses comportamentos, assim
como as características genéticas mais propensas e os fatores de
risco envolvidos.
2,26,27
Disfunções do lobo frontal associam-se à agressividade e
existem evidências de associação entre danos na área pré-frontal
e subtipos de impulsos dos comportamentos agressivos.
28
informações conitantes sobre o papel da amídala e o com-
portamento agressivo. Embora seja mais bem conhecida por
ser ativada durante situações de medo, essa área pode ter uma
função mais ampla no processamento de estímulos emocio-
nais. Estudos em macacos mostraram que a remoção bilateral
da amídala produz um animal plácido nem medroso, nem
agressivo conhecido como Síndrome de Klüver-Bucy. Sugere-
se também que a amídala é fundamental para reconhecer se
um estímulo é ameaçador e que, se ela estiver hiperativa, pode
ocasionar agressão defensiva em excesso.
29
Entretanto, não
consenso sobre a hipo ou hiperatividade da amídala nos casos
de agressividade, podendo esta estar com atividade aumentada
ou diminuída dependendo do subtipo de agressão.
29
Alguns estudos apontam a exposição intrauterina ao uso de
substâncias, os fatores genéticos (como a baixa expressão do gene
da monoaminoxidase, do gene transportador da serotonina e do
receptor da dopamina) e a nutrição como fatores predisponen-
tes.
30
Existem estudos que correlacionam o baixo nível de cortisol
e veis elevados de testosterona com problemas de conduta e
aumento da agressividade.
31,32
Também a produção de neurotoxi-
nas tem sido apontada como fator relacionado a possíveis décits
cognitivos que, por sua vez, gerariam padrões de comportamento
patológico, como os transtornos de personalidade.
33-35
Bases de dados e
data da busca
Estratégia de busca Resultados n Revisão
Ensaio
clínico
Estudo
fundamental
PubMed
09/11/2010
Antisocial personality disorder and
risk factors (MeSH)
138 32 24 7 1
Cochrane Library
09/11/2010
Antisocial personality disorder and
risk factors (MeSH)
22 5 0 5 0
Lilacs
09/11/2010
Antisocial personality disorder and
risk factors (MeSH)
0 0 0 0 0
Embase
05/02/2012
Antisocial
Personality
Disorder and risk
Factors
73 2 2 0 0
Tabela 1. Estratégia de busca sistematizada para “antisocial personality disorder and risk factors” nas bases de dados do
Medline (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) via PubMed, Cochrane Library e Lilacs (Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), de 2000 a 2010
n = número de artigos selecionados como referência para o trabalho.
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